O presente blog compõe-se de uma seleção de poeminhas meus escritos a partir de 1979 até a presente data. Todos eles são construídos dentro de duas formas da poesia tradicional japonesa, a dizer, o haiku e o tanka. O primeiro, é um poemeto de métrica oriental que surgiu no século XVI e que continua ainda muito popular em nossos dias, principalmente no Japão.
Em sua estrutura, o haiku consiste de uma estrofe de 17 sílabas, distribuídas em três linhas segundo um esquema preciso de 5-7-5 sílabas. No Japão, entre 1600 e meados do século passado, grandes poetas como Bashô, Buson e Issa foram incontestáveis mestres na arte de escrever haiku, chamado então à época, de hokku.
Construído em cinco versos com um total de 31 sílabas, distribuídas segundo o esquema 3-7-3-7-7, o tanka, em seu sentido mais clássico, sempre refletiu o tom da Corte Imperial japonesa e de seus cortesãos, tradição que, com exceções, mantém-se até hoje no Japão. Diferentemente do haiku, o tankapresta-se melhor à expressão de temas mais vastos, mais complexos e, devido à sua maior extensão, permite assim um tratamento mais aprofundado do sentimento e da idéia poética.
A reflexão entre as leituras traduzirá, decerto, a níveis mais claros o aparente hermetismo que poderá revestir cada poema, como também propiciará neles desvendar sentidos menos evidentes. Todos os haiku e tanka aqui publicados obedecem à métrica e à estrutura tradicional de 17 e 31 sílabas, respectivamente, segundo os acentos tônicos, não levando-se em conta a átona final de cada verso. Todavia, o rigor aqui, convém lembrar, faz-se regra e não limite.
André Bessa
Os direitos autorais de todos os poemetos publicados aqui são reservados. Fica, pois, formalmente proibida toda e qualquer utilização dos mesmos sem a autorização expressa de André Bessa e de Prolitteris, Zurique, Suíça. Muito obrigado pela sua compreensão.
Os pontos nos i (e nos ü)
A língua portuguesa do Brasil, que aprendi a escrever em 1956, quando das minhas primeiras letras, vem sempre sofrendo adendos, reformas e outros acordos ortográficos – 1971, 1986, 1990 – que são, no meu entender, mais ou menos infelizes uns que outros. A última reforma, a de setembro de 2008, parece-me a mais insensata de todas; esta, não apenas ignora a história etimológica de várias palavras, como desfeiteia-lhes o sentido, semeando confusões e ambigüidades lá onde havia lógica e clareza. É mais obra de vândalos que de filólogos. Por isso, a única maneira que tenho de manifestar a minha serena não-conivência à desfiguração sistemática que vem sofrendo este (talvez) último patrimônio que nos resta – a língua – é a de continuar a exprimir-me em português tal como este foi estabelecido no formulário ortográfico de 12 de agôsto de 1943, ou seja, o português que eu aprendi na escola.
Tô virando fã, viu?
RépondreSupprimerlindooooooo
esse é de impelir para o ataque...rs
com o rosto afogueado, vermelho que nem pimentão...
beijo de amiga
Cida Torneros